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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Portugal

Uma pérola póética !!
Abílio de Guerra Junqueiro-Portugal
15 Set 1850 // 7 Jul 1923
Escritor/Poeta/Jornalista/Político

Ficheiro:Casa-Museu Guerra Junqueiro 88.JPG – Wikipédia, a ...
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Maior do que nós, simples mortais, este gigante
foi da glória dum povo o semideus radiante.
Cavaleiro e pastor, lavrador e soldado,
seu torrão dilatou, inóspito montado,
numa pátria... E que pátria! A mais formosa e linda
que ondas do mar e luz do luar viram ainda!
Campos claros de milho moço e trigo loiro;
hortas a rir; vergéis noivando em frutos de oiro;
trilos de rouxinóis; revoadas de andorinhas;
nos vinhedos, pombais: nos montes, ermidinhas;
gados nédios; colinas brancas olorosas;
cheiro de sol, cheiro de mel, cheiro de rosas;
selvas fundas, nevados píncaros, outeiros
de olivais; por nogais, frautas de pegureiros;
rios, noras gemendo, azenhas nas levadas;
eiras de sonho, grutas de génios e de fadas:
riso, abundância, amor, concórdia, Juventude:
e entre a harmonia virgiliana um povo rude,
um povo montanhês e heróico à beira-mar,
sob a graça de Deus a cantar e a lavrar!
Pátria feita lavrando e batalhando: aldeias
conchegadinhas sempre ao torreão de ameias.
Cada vila um castelo. As cidades defesas
por muralhas, bastiões, barbacãs, fortalezas;
e, a dar fé, a dar vigor, a dar o alento,
grimpas de catedrais, zimbórios de convento,
campanários de igreja humilde, erguendo à luz,
num abraço infinito, os dois braços da cruz!
E ele, o herói imortal duma empresa tamanha,
em seu tuguriozinho alegre na montanha
simples vivia – paz grandiosa, augusta e mansa! -,
sob o burel o arnês, junto do arado a lança.
Ao pálido esplendor do ocaso na arribana,
di-lo-íeis, sentado à porta da choupana,
ermitão misterioso, extático vidente,
olhos no mar, a olhar sonambolicamente...
«Águas sem fim! Ondas sem fim! Que mundos novos
de estranhas plantas e animais, de estranhos povos,
ilhas verdes além... para além dessa bruma,
diademadas de aurora, embaladas de espuma!
Oh, quem fora, através de ventos e procelas,
numa barca ligeira, ao vento abrindo as velas,
a demandar as ilhas de oiro fulgurantes,
onde sonham anões, onde vivem gigantes,
onde há topázios e esmeraldas a granel,
noites de Olimpo e beijos de âmbar e de mel!»
E cismava, e cismava... As nuvens eram frotas,
navegando em silêncio a paragens ignotas...
– «Ir com elas...Fugir...Fugir!...» Ûa manhã,
louco, machado em punho, a golpes de titã,
abateu, impiedoso, o roble familiar,
há mil anos guardando o colmo do seu lar.
Fez do tronco num dia uma barca veleira,
um anjo à proa, a cruz de Cristo na bandeira...
Manhã de heróis... levantou ferro... e, visionário,
sobre as águas de Deus foi cumprir seu fadário.
Multidões acudindo ululavam de espanto.
Velhos de barbas centenárias, rosto em pranto,
braços hirtos de dor, chamavam-no... Jamais!
Não voltaria mais! Oh! Jamais! Nunca mais!
E a barquinha, galgando a vastidão imensa,
ia como encantada e levada suspensa
para a quimera astral, a músicas de Orfeus:
o seu rumo era a luz; seu piloto era Deus!
Anos depois, volvia à mesma praia enfim
uma galera de oiro e ébano e marfim,
atulhando, a estoirar, o profundo porão
diamantes de Golconda e rubins de Ceilão!

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

VIVER É FÁCIL, DIFÍCIL É CONVIVER

Hoje trago uma excelente crônica da Escritora Tais Luso, ela aborda um tema bastante corriqueiro nos dias atuais, a  intolerância.
_ Tais Luso de Carvalho____

Hoje trago um assunto cabeludo: a convivência entre os humanos.
Uma boa parte do planeta é composta de gente saudável, amorosa, serena e generosa. Outra parte é conturbada, dominadora e destrutiva. E essa última faz o barulho sozinha; monta o barraco e bota fogo na paz dos outros. Àqueles que gostariam de viver tranquilos, como água de poço, não terão ssa sensação tão cedo. Nosso mundo não está preparado para ser um paraíso. E nem nós – os anjos.

Mesmo pisando em ovos, viver é maravilhoso. Gostaria de viver eternamente, adormecer ao embalo de suaves acordes, leve e solta, quem sabe como um pássaro.

Em todas as épocas a humanidade foi um fracasso em relação ao convívio com sua própria espécie. Conseguimos voar como os pássaros, conseguimos invadir os mares mais revoltos, conseguimos ir à Lua, namorar Marte e ficar girando meses no espaço. Porém, não conseguimos conviver com vizinhos e familiares sem muitos contratempos. A intolerância é muito forte, o vizinho tosse e se engasga no elevador e a vontade vem rápido, a cavalo:
— Vá tossir na tua casa, infeliz!

A vontade dos intolerantes é parar o elevador e descartar a criatura. Não funciona o tal pensamento de que somos todos irmãos, filhos do mesmo pai, fraternos e solidários. Bonito é, mas funciona só na evangelização religiosa. Dá uma sensação de alívio, de plenitude e espiritualidade. Meu louvado
irmãozinho...! Caim e Abel eram irmãos, e deu no que deu.

Estamos acabando com nossos sonhos. Os revoltados sem causa nascem em qualquer meio. Famílias se matam, alunos agridem seus professores, outros explodem com seus colegas - como temos visto nos Estados Unidos. Uma sociabilidade muito amorosa. Por isso que digo, tranquilidade como água de poço não é conosco. Queremos acreditar na boa fé das pessoas, mas se no meio do caminho houver uma pedra... Valha-me Deus!
A história do mundo é de guerra, de intolerância, de subjugação, de tortura.
Jamais imaginei ver legados arquitetônicos, de civilizações milenares, reduzidos a escombros como o acontecido em 2013 - na Síria. Toda a arte virou nada. Não dá para esquecer criancinhas morrendo ao tentarem fugir das guerras.
Mas somos assim desde sempre, bonitos e carismáticos, um embrulho com laços e fitas muitas vezes escondendo a nossa maldade e nossa doença.
E assim caminharemos até o fim dos tempos, ora nos abraçando, ora nos matando.
Quem sabe a poesia e a música continuem nos tocando com emoção. Já será um contraponto.

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Meu primeiro Livro Publicado

Viajei na estrada da poesia, viajei muito até encontrar meu norte, passeei pelo casarios dos poetas consagrados e neles busquei inspiração e, através da leitura, gradativamente fui ampliando conhecimentos e lapidando meus escritos, confesso sem nenhum acanhamento que iniciei com bagagem literária "zero", na crueza mesmo.

È certo que não se aprende a escrever poesia, precisa ter o dom poético aguçado, e um bom conhecimento literário, minha formação academica é a nível médio, precisei ler muito para me engajar no mundo da poesia onde entrei de peito aberto, não nego que das críticas senti medo, mas atte hoje não recebi nenhuma crítica que desabone meus pacatos versos.

Ontem foi par mim um dia de graças e glória, consegui levar a público o nascimento do meu primeiro filho. N. Senhora das Graças segurou minha mão com muito carinho.
Estou feliz e lisonjeada comigo mesma.

OBBRIGADA MEU DEUS!

Os versos que o poeta registra ninguém apaga.

https://www.agbook.com.br/book/307038--Bordados_do_Coracao

PoeRima N


Nasceu meu primeiro rebento,
N’um dia especial Jesus abençoou
Nascimento que trouxe-me contento
Natural, o amor que por esse filho brotou

Noites e noites namorando com a poesia
Namoro que em mim, despertou amor
Nas nossas conversas eu sempre descobria
Necessidade de voar como beija-flor

Nesse voo nova criação nasceu
Neurônios exercitados e com euforia
Nidificando o que da inspiração apareceu
Nos meus sentires joguei a fantasia.

Na garganta um grito comemora
No coração um misto de felicidade
N'alma o prazer, curte, ri e chora
Novo contexto mostra a realidade.

Diná Fernandes

domingo, 27 de outubro de 2019

Escritora Rosélia Bezerra

Parabéns pelas conquistas

Sinopse

O livro almeja expor alguns pensamentos da autoria da escritora.

Foi escrito ao longo de oito anos de uma maneira despretensiosa...

É fruto de diversos momentos e estados da alma da escritora.

É oriundo de muita contemplação, vivência e observação do cotidiano.

Há um toque de suavidade que o coração esboça em palavras sem preocupação com métricas a não ser o que a Inspiração determine e que o Dom concede a Graça de pôr em forma de poemas o que dita o coração. Há poesia no ar como que por magia ou encantamento da alma contemplativa e que expressa todo fervor do seu ser em ação.

Ele é escrito para registrar recortes de sensibilidade que define a escritora e mostrar um pouco da sua vida toda talhada por Deus.

É um desafogar da alma lavada pelas palavras derramadas em forma de versos.

O livro pretende mostrar a Intervenção Divina em todas as fases da minha vida desde pequenina até os dias atuais.


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Escritora Norma Emiliano

Flores para a autora.

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SINOPSE

A Terapeuta Familiar Sistêmica, Norma Emiliano, selecionou a partir de questões surgidas no atendimento clínico e também de vivências pessoais, alguns casos e histórias que agora estão reunidos no livro "Pensando em família: entrelaços", um lançamento da Editora Cândido.

A obra tem o objetivo de propiciar às pessoas reflexões sobre a importância da dinâmica familiar em seus conflitos pessoais e interpessoais.
Dividido em seis partes, engloba aspectos desde a infância até o envelhecimento e finaliza abordando alguns temas diversos como a sexualidade infantil, os transtornos alimentares, entre outros assuntos.

Boas Festas!

                                               Aos seguidores amigos meus sinceros votos de um 2021 com sonhos renovados, e para o que ficou...